Viajar para os Açores é talvez o melhor destino português onde melhor se aplica o “vá para fora cá dentro”! Sim, é solo português mas, em pouco mais de duas horas, somos transportados para um local irrepreensivelmente belo, que necessitamos de uma beliscadela para acordar do sonho que aparentemente estamos a viver. Os Açores são o destino de eleição dos amantes de natureza, trilhos, praias selvagens, vulcões, piscinas naturais, cascatas, sabores e tradições únicos em todo o mundo. Cada ilha tem as suas próprias características, o que significa que nenhuma é igual à outra. É praticamente impossível não ficar apaixonado pelos Açores! Que tal? Adocicado/a? Preparámos a nossa própria viagem e agora vamos partilhar como o fizemos e o que tivemos em consideração antes de viajar.

Os Açores estão na moda e nós também alinhámos “nesta moda”! Andámos por lá no passado mês de Agosto e decidimos então escrever este artigo para explicar como preparámos a viagem e o que tivemos em conta para visitar o arquipélago dos Açores. A viagem foi integralmente planeada por nós, num roteiro de dezassete dias, por seis das nove ilhas que compõe este arquipélago. Durante este planeamento surgiram muitas dúvidas que nos “obrigaram” a ler muita informação, enviar alguns emails, realizar algumas chamadas telefónicas, sair uma vez mais da nossa zona de conforto para que pudéssemos desfrutar comodamente da nossa viagem sem contratempos e tornando-a o mais barata possível, tendo em conta a situação pandémica. Agora, partilhamos esta informação para ajudar todos os interessados a tomarem as vossas próprias decisões.
RESUMO: Neste artigo vamos falar no seguinte:
- Localização Geográfica
- Planeamento / Decisões
- Clima / Vestuário
- Como chegar / Transportes e Deslocações
- Moeda / Custos / Segurança
- Alojamentos
- Restauração / Gastronomia
- Atividades / Experiências
- Viajar nos Açores em tempos de pandemia
1. Localização Geográfica
Para quem talvez possa não conhecer, o arquipélago dos Açores é um território autónomo de Portugal, localizado em pleno Oceano Atlântico. É composto por nove ilhas, ou, como dizem os próprios Açorianos em jeito de brincadeira, oito e Pico, que têm tanto de comum como de diferente. Estas nove pequenas ilhas encontram-se distribuídas por três grupos:
- Grupo Oriental: Santa Maria e São Miguel
- Grupo Central: Terceira, São Jorge, Pico, Faial e Graciosa
- Grupo Ocidental: Flores e Corvo

2. Planeamento / Decisões
O objetivo era mesmo esse: explorar e, embora tentador, decidimos deixar o turismo para a próxima oportunidade. Por outro lado, escolher seis de nove não foi tarefa fácil e deves de estar a perguntar: “porquê essas seis?” A resposta é simples: questões logísticas, mas passamos a explicar.
Logo no início do ano, começámos por analisar a possível data para a viagem. Eis o primeiro problema: na minha profissão não há muita flexibilidade para marcar dias de férias e tantos dias seguidos, pior ainda. Então, agendámos para aquela que seria sempre a época mais provável para as férias: Agosto. Um transtorno porque nesta altura tudo é muito mais caro, mas falamos dos custos depois.
De seguida, começámos a estudar o que visitar em cada uma das nove ilhas, por forma a definir quanto tempo necessitaríamos tendo em conta o orçamento e o número de dias de férias que dispúnhamos. Lemos muita informação em artigos, muitos blogues pessoais, pesquisamos nos sites das agências de turismo, em redes sociais, abrimos o google maps verificando os pontos de interesse, etc… e começámos a montar num ficheiro excel o nosso “mapa” com aquilo que gostaríamos de conhecer. Claro está que, com isto, já temos o roteiro montado para as outras ilhas que ainda não conhecemos. Depois disto, pesquisámos os meios de transporte que tínhamos ao nosso dispor para poder circular entre ilhas e em cada ilha, por forma a minimizar ao máximo os custos nas deslocações. Ainda enviámos alguns emails de esclarecimentos e acabámos então por definir que: iríamos a seis ilhas, precisaríamos de dezassete dias e necessitaríamos de três a quatro dias em cada ilha, tendo em consideração o que queríamos explorar em cada uma delas.

Depois de tudo estruturado, começámos a fazer as reservas, tentando gerir o orçamento o melhor possível pelos meses seguintes, por forma a interferir o menos possível com o nosso dia a dia. A prioridade foi para os voos e o aluguer dos carros. Depois, os alojamentos em cada ilha e as atividades/experiências que queríamos fazer. Como decidimos utilizar o barco entre três ilhas, fomos informados de que não precisaríamos de muito tempo antes para efetuar as reservas pelo que acabou por ser das últimas coisas a serem reservadas. Falarei dos transportes no tópico próprio.
Estávamos conscientes de que o desafio era muito grande: visitar seis destas ilhas em dezassete dias não era tarefa fácil, mas como disse no início, o objetivo era explorar, absorver o que cada um desses locais teria para nos dar, abdicando do turismo e tendo plena consciência de que iríamos precisar de “férias das férias”. Sabemos que este pensamento é polémico, mesmo entre os próprios Açorianos que, embora nunca nos tenham dito, sabemos que o costumam dizer “não é assim que conheces os Açores” (dizem no mínimo oito dias em cada ilha), mas a verdade é que nunca um turista conhecerá um determinado destino conforme o próprio habitante conhece, além disso, não teríamos carteira para isso e há “mais mundo” para conhecer, verdade?

3. Clima / Vestuário
Não só nos Açores como também na Madeira (os dois arquipélagos de Portugal) o clima é temperado marítimo, considerado subtropical. Nos Açores em particular, as temperaturas podem variar entre os treze graus, nos meses de inverno, e os vinte e três graus, nos meses de verão. Contudo, no mesmo dia o clima pode variar, podendo mesmo passar pelas quatro estações. Relativamente à precipitação, a ilha de Santa Maria é a que possui um valor médio mais baixo e a ilha das Flores é a que possui um valor mais elevado. Toda esta informação encontra-se mais aprofundada no site do Governo dos Açores, que podes consultar aqui.
A nossa experiência:
Estamos a falar de um clima bastante agradável, mas também tivemos muitas dúvidas no momento de preparar a bagagem, nomeadamente no tipo de roupa a levar, sobretudo por causa da chuva. Como viajámos em Agosto acabámos por levar roupas mais práticas, como calções, saias, vestidos, t-shirts, blusas, sempre acompanhados de casacos e um impermeável para a chuva e o vento. Atenção: nos Açores também há muito vento pelo que, para as meninas, cuidado com as saias (experiência própria)! Relativamente ao calçado levámos sapatilhas, um par de sandálias, chinelos de praia e botas de caminhada/montanhismo. Não esquecemos também os chapéus de sol, as mochilas, protetor solar e todos os itens de higiene pessoal.
O tempo é muito instável ao longo do dia, mas no site VisitAzores existe uma página que disponibiliza informação meteorológica bastante útil por ilha/local. São as Webcams e foram as nossas maiores aliadas durante toda a nossa viagem, uma vez que tomámos muitas decisões baseadas na informação meteorológica que nos forneciam. Deixo aqui o link. Há também outra estratégia quando se trata de visitar pontos mais altos, aplicável quando as ilhas são mais pequenas e conseguimos ter o vislumbre quando estamos nas zona mais baixas que é: verificar se existem nuvens nesses pontos. Se existirem, desiste da ideia porque provavelmente estará nevoeiro ou até mesmo a chover. Espera por uma abertura e depois prepara-te para “voar” para lá!

4. Como chegar / Transportes e Deslocações
Avião
A melhor forma de chegar aos Açores é via aérea. As companhias aéreas mais populares a voar para lá são a SATA, TAP ou RYANAIR. Há vários voos a sair de Lisboa ou do Porto, e outros de algumas cidades europeias. Tem em atenção que, dependendo da ilha destino, pode não existir voo direto, sendo por isso necessário fazer escala em alguma outra ilha. O que temos certeza é que para São Miguel (Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada) e a Terceira (Aeroporto das Lajes, na Praia da Vitória) há sempre (ou quase sempre) voos diretos e, talvez por isso, a afluência turística são bem mais expressivas nestas ilhas. Aconselhamos a pesquisar primeiramente num site “generalista” como por exemplo Booking, eDreams, Logitravel, ou qualquer outro, por forma a estudares as melhores soluções tendo em consideração o teu plano de viagem. Posteriormente, analisa no site da própria companhia aérea, pois muitas vezes pode ser mais vantajoso.
Nota Importante: Desde 2015, a SATA tem à disposição o “Encaminhamento Inter-Ilhas” que não é mais do que um serviço que permite viajar gratuitamente entre duas ilhas açorianas, desde que chegues por via aérea de São Miguel ou da Terceira, cujo destino final seja uma das outras ilhas açorianas, tendo contudo que cumprir algumas regras. Vou deixar dois sites com informação bastante útil sobre este tema: Site SATA Azores Airlines e o Blog Alma de Viajante.
A nossa experiência:
- Nestes dezassete dias fizemos sete voos: Porto/São Miguel, São Miguel/Santa Maria, Santa Maria/São Miguel, São Miguel/Terceira, Terceira/Faial, São Jorge/São Miguel e, por fim, São Miguel/Porto.
- As reservas foram realizadas diretamente no site da Sata Airlines. Ficámos muitíssimo satisfeitos: simpatia, agilidade, informação, tudo… Tivemos um voo de ligação que, por questões de mau tempo/segurança, não realizámos no horário e dia previstos. A companhia tratou de tudo para reduzir ao máximo o impacto na nossa viagem, desde o alojamento extra não previsto, os transferes entre hotel-aeroporto, refeições, flexibilidade com a bagagem. Foram formidáveis! Estas situações também devem de ser tidas em consideração, uma vez que ocorrem com alguma frequência mesmo em pleno verão.
- Os aeroportos das diferentes ilhas não são grandes e, por isso, a agilidade dentro dos aeroportos não é demorada, nem confusa. Não obstante de chegarmos com tempo para tratar de tudo (entregas de viaturas alugadas, check in, segurança, etc) de forma relaxada.

Barco
Outra forma de chegar e/ou viajar para ou no arquipélago é de barco e não deixa de ser igualmente interessante. Estou a falar mais precisamente de cruzeiros, iates, veleiros ou outro meio qualquer. Bem, a verdade é que não faltam opções, para todos os gostos e carteiras.
Contudo, existe uma forma bem apelativa para poder viajar entre ilhas e eventualmente tornar a viagem bem mais ágil, rápida, comoda e eventualmente a um custo mais baixo. Trata-se de um serviço disponibilizado pela Atlânticoline que é a entidade responsável pelo transporte marítimo de passageiros, mercadorias e veículos entre as várias ilhas dos Açores. Eles operam em várias linhas e em diferentes horários, tendo em conta a regularidade e a sazonalidade. Deixo aqui o link para poderes consultar.
A nossa experiência:
- Fizemos duas viagens: Faial/Pico e Pico/São Jorge. Comprámos as viagens com sensivelmente um mês de antecedência no site que indiquei acima e gastámos no total 28,20€ (21€ + 7,20€). Este valor é referente ao custo para dois passageiros e, por isso, veículos ou mercadorias terão outro valor. A bagagem está incluída neste preço e não vai connosco (apenas as malas ou mochilas de pequenas dimensões).
- O procedimento de check in é muito semelhante ao do aeroporto, ou seja, convém chegar com alguma antecedência (talvez não tanta como no aeroporto), despachar a bagagem num balcão próprio e depois podes seguir para a fila de embarque. Precisas apenas do cartão de embarque e do cartão de identificação pessoal / passaporte.
- A viagem é muito agradável, mas toma cuidado prévio se enjoares (o nosso caso 🙂 ).

Carro / Alugar carro
O carro é a melhor forma de circular nas ilhas Açorianas. Contudo, sobretudo nos meses de verão, pode tornar-se uma verdadeira “dor de cabeça”, porque podem não existir na quantidade suficiente para a afluência turística do momento. Existem algumas rent-a-car a trabalhar em cada ilha, como a AutAtlantis, a IlhaVerde, a Sixt, a EuropCar, Auto Faialense, outre outras. Existem também muitas plataformas úteis de pesquisa, como a RentalCars.com, mas antes de qualquer reserva, verifica qual a opção mais em conta: a partir destas plataformas ou consultando pessoalmente cada rent-a-car. Acredita que ainda te podes surpreender! Em último caso, poderás sempre tentar ajuda particular de algum familiar, amigo ou conhecido.Vimos muitas famílias (estrangeiras e com crianças) a viajar em carrinhas particulares de caixa aberta. O nosso conselho é: trata deste assunto o mais cedo possível.
A nossa experiência:
Uma vez que iríamos andar por várias ilhas tentámos explorar uma solução mais compensatória. Então, depois de algumas trocas de emails, optámos pela AutAtlantis em 5 ilhas (no Faial foi a Auto Faialense, no seguimento do contacto com a AutAtlantis). Já na Terceira foram amigos a emprestarem-nos um carro.


Scooter / Bicicleta
Esta é outra solução, apesar de desafiante. Na realidade, vimos alguns turistas a recorrer a esta solução dada a dificuldade em alugar carro. Contudo, quanto a nós, não deixa de ser uma atividade bem divertida e diferente, nem que seja apenas por um dia.
5. Moeda / Custos / SEGURANÇA
Como dissemos no início, o Arquipélago dos Açores pertence a Portugal, que por sua vez pertence à Europa. Portugal é um dos quinze países da União Europeia que aderiu à moeda única e, desde 2002, o Euro (€) é então a moeda oficial do país e, consequentemente, também dos Açores.
Em Portugal, o custo de vida é dos mais baixos da Europa, mas o mesmo pode não acontecer quando comparamos com outros países do mundo. Os alojamentos turísticos são muito bem vistos pelos estrangeiros quando comparamos qualidade/preço e a gastronomia nem se fala (falaremos disto mais à frente).
A segurança é outro aspeto decisivo quando viajamos em Portugal e, nomeadamente nos Açores, o sentimento de segurança está bem patente quando colocamos “o pé na rua”. Claro está que não podemos descartar a atenção, sobretudo quando circulamos nas grandes cidades ou em grandes aglomerados.
A nossa experiência:
Nos Açores, em época alta e para duas pessoas, chegámos a pagar cinquenta euros por uma noite, num quarto com casa de banho privativa e pequeno almoço incluído. Sim, há muito mais em conta e igualmente com excelentes condições! Em vários alojamentos, chegámos e saímos do alojamento e a porta de entrada estava e ficava aberta. Na rua, as pessoas tratam-nos como se nos conhecêssemos à anos, convidam-nos para entrar em suas casas e pouco falta para almoçar ou jantar.

6. Alojamentos
Este é, quanto a nós, um dos temas mais discutíveis de sempre, independentemente deste ou de outro qualquer destino. Há os que preferem residenciais, guesthouses, hostels, alojamentos locais, hotéis, resorts, “whatever”… E mesmo assim, não faltam particularidades dentro de cada uma destas opções. Na realidade, nos Açores não faltam soluções para todos os gostos e carteiras. Mas alertamos que, em algumas ilhas, a diversidade pode não ser assim tão alargada quanto isso. Não faltam plataformas online de pesquisa e reserva, quer para este destino como para tantos outros, como o Booking, Momondo, Trivago, Vrbo, Hoteis.com, Prestigia, eDreams, Logitravel, etc…
A nossa experiência:
Nós somos daqueles que preferimos e tentamos equilibrar as escolhas tendo em consideração o destino, plano de viagem e o orçamento. Com isto, as nossas escolhas recaem geralmente por guesthouses, hostels, alojamentos locais, hotéis ou, se o orçamento permitir, ainda vamos aos resorts. Nesta viagem foi mais ou menos isto que aconteceu. Na nossa página “Alojamentos” (ver aqui) vamos partilhar os alojamentos onde ficámos durante toda a nossa estadia. Geralmente, fazemos as reservas pelo Booking ou contactando diretamente com o alojamento, fazendo essa análise tendo em vista a redução máxima do custo.
Nota: Há uma particularidade que decidimos adotar durante a nossa estadia em São Miguel: como queríamos otimizar a estadia pela ilha, decidimos ficar alojados em diferentes zonas. Isto permitiu-nos ganhar tempo nas deslocações e ser mais eficazes no plano definido para as visitas. Sim, isto implica abrir e fechar a bagagem muitas vezes e, sim, podíamos ter adotado esta estratégia em outras ilhas, sobretudo aquelas de maior dimensão (como por exemplo, São Jorge ou Pico).

7. Restauração / Gastronomia
Eis a maior tentação em Portugal e, claro está nos Açores: a Gastronomia! Desde as lapas em qualquer ilha, as cracas em São Miguel, os queijos de São Jorge, o mel, o bolo lêvedo, a carne suculenta do cozido das Furnas ou a alcatra da Terceira, o peixe e o marisco, os enchidos, os licores, os vinhos do Pico ou os sumos da “Kima”, os doces tradicionais como os malassadas e as queijadas, ou a fruta como o ananás, o maracujá ou a meloa, o chá ou o café… o difícil será escolher! Prepara-te: provavelmente terás uma vista de cortar a respiração e, com estas iguarias à frente, será difícil seguir viagem!








8. Atividades / Experiências
Quer sejas amante da natureza ou não, vais ficar deslumbrado com o que se pode ver e fazer nos Açores! É verdade que a natureza é o mote para quase tudo, mas não só. A cultura ancestral dos Açores é de base religiosa e muitas atividades que ocorrem nos Açores têm por base este facto. O povo açoriano é muito religioso e por este facto organizam muitas celebrações ao longo de todo o ano, fazendo com que os imigrantes e os turistas acorram nessas alturas. A maior celebração é a Festa do Santo Cristo dos Milagres, em São Miguel, que ocorre sempre no quinto domingo a seguir à Páscoa. Mas existem muitas outras como a festa ao Divino Espírito Santo, organizada em todas as ilhas do arquipélago, as Sanjoaninas na Terceira, as romarias da Ilha de São Jorge e de São Miguel, a devoção à Nossa Senhora de Lourdes e os festivais da Santa Maria Madalena e do Bom Jesus no Pico. No Faial, organiza-se a festa da Nossa Senhora das Angústias e o festival de São João, entre outros.

Para os amantes da natureza: eis os Açores! À medida que as nossas viagens sucedem temos visto que as caminhadas na natureza tem sido a forma mais incrível e barata de conhecer um determinado local. Nos Açores caminhámos MUITOOOOO: não faltam trilhos para explorar! Se não és tanto de aventuras, existem muitas empresas localmente a fazer excursões de meio dia, um dia ou até mais, mas prepara-te porque irá com certeza encarecer a viagem. O canyoning, o parapente ou até o surf são também muito populares por lá. Este é um dos melhores locais do mundo para a observação de baleias e golfinhos ou de aves, que têm estado presentes ao largo das ilhas durante todo o ano e fazem deste local o seu lar. Eventualmente, aventura-te a nadar com golfinhos, porque não? É uma experiência única e muito emocionante. O mergulho ou o snorkeling é outra experiência única e, à semelhança da observação dos cetáceos e ao posicionamento dos Açores no Oceano Atlântico, esta é a “casa” que alberga espécies únicas de peixes em todo o planeta. E porque não fazer um tour pelos miradouros existentes? Assim que pisares solo açoriano, independentemente da ilha em que estás, vais perceber que a cada curva, poderás encontrar um miradouro com uma vista deslumbrante. Aqui disponibilizo um link com informação de alguns dos mais incríveis miradouros existentes no arquipélago.
A nossa experiência:
Trilhamos em quase todas as ilhas, observámos cetáceos em alto mar, vivemos momentos únicos em cada uma das ilhas. Por isso, o mote é: deixa-te levar, explora e não tenhas medo da chuva ou do vento, acredita no teu instinto!





9.Viajar nos Açores em tempos de pandemia
Recordo que viajámos para os Açores no passado mês de Agosto e ainda muitas restrições imperavam devido à pandemia Covid-19. No nosso planeamento também tivemos que incorporar este pequeno pormenor. As medidas de controlo em vigor não eram exatamente as mesmas em todas as ilhas e haviam muitas exigências a respeitar. As informações e as atualizações íamos seguindo no site do Governo dos Açores, que eram revistas a cada quinze dias. Pediam o plano de vacinação completo ou um teste negativo, além de termos que responder a um “Questionário de Avaliação do Risco e Deteção Precoce“. Caso não possuíssemos o plano de vacinação completo (mas tivéssemos um teste negativo) e submetêssemos este questionário com antecedência ganharíamos um voucher no valor de trinta e cinco euros a descontar em algumas lojas, restaurante ou serviços aderentes.
A nossa experiência:
Na altura, quem tinha então o plano de vacinação completo não necessitava de qualquer controlo, tinha apenas que apresentar o certificado digital sempre que entrasse numa ilha. Era o caso do Magno. Já quem não tinha, teria que apresentar um teste negativo Covid-19 com validade inferior a quarenta e oito horas ou ser submetido a um teste Covid-19, ambos na chegada ao arquipélago, não tendo que ficar isolado até obtenção do resultado. Em ambos os casos, se a estadia fosse superior a seis dias, teria que voltar a repetir o teste após esses dias. Pois bem, este era o meu caso: na altura, eu ainda só tinha uma dose, pelo que, em toda a estadia foi submetida a três testes (um ainda no continente e dois no arquipélago) e só não fui a mais porque, entretanto, as restrições foram aliviando durante a nossa estadia. Todos estes testes foram suportados pelo Governo dos Açores.
Apesar do processo burocrático, algumas filas e tempo despendido, não considerámos problemático e todos os voluntários e profissionais da Direção Regional da Saúde dos Açores foram de extrema simpatia, fomos mantendo o contacto ao longo de toda a viagem, estiveram sempre disponíveis para esclarecer as nossas dúvidas e agilizar o processo, até mesmo quando quisemos fazer um teste rápido antes de regressar ao continente. Estamos gratos!
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Brevemente, vamos contar a nossa aventura pelos Açores, em artigos individuais, entrando e explorando os pormenores de cada ilha, o que visitámos e aquilo que foi a nossa experiência. Mantém-te por aí ou então, “segue-nos” e receberás automaticamente uma notificação na tua caixa de correio alertando que foi lançado um novo artigo aqui no blog.
Esperamos ter contribuído para ajudar no planeamento da tua própria viagem aos Açores. De qualquer forma, estaremos disponíveis para qualquer esclarecimento. Boas viagens!