Bratislava é uma cidade pequenina, que muitas vezes passa ao lado da maior parte dos turistas. Localizada a leste da Europa, a capital da Eslováquia é uma cidade que, apesar de não ter muitos pontos atrativos como as capitais em redor (Viena, Praga, Budapeste, etc.), continua a ser merecedora de visita. Bratislava apareceu no nosso roteiro quase por acaso. No planeamento da viagem para Budapeste, o Magno verificou que sendo a viagem de quatro dias, teríamos tempo suficiente para conhecer algo mais. Entre muitas hipóteses, surgiu Bratislava. A capital da Eslováquia era uma cidade desconhecida para nós e a deslocação seria fácil, rápida e acessível.
Estivemos um dia em Bratislava e fizemos a viagem de comboio, a partir de Budapeste, com um custo de ida e volta de 35€. Saímos de Budapeste às 5h30 e só na estação de comboios de Budapeste soube qual era o destino.
Chegámos por volta das 7h30, era domingo, o tempo estava chuvoso, poucas pessoas nas ruas e a maioria dos estabelecimentos comerciais estavam fechados. A estação de comboios de Bratislava está localizada no centro da cidade que, sendo tão pequenina, não necessitaria de qualquer outro meio de transporte para a visitar.


Decidimos subir até ao Castelo de Bratislava. A vista sobre a cidade e arredores compensa a caminhada. Lá em cima existem jardins e miradouros merecedores de atenção. Pudemos ainda visitar o interior do Castelo, contudo e na minha opinião, não vale o tempo dispensado.

Quando saímos do Castelo, o sol já reinava, permitindo continuar a nossa caminhada de forma mais harmoniosa. Descemos até à Catedral de St. Martin, impossível de ignorar tendo em conta a sua construção gótica de três naves. Foi reconstruída nos finais do século XIII, integrando as muralhas da cidade, quando esta foi elevada a cidade.
Bem perto da Catedral está a Ponte SNP (em eslovaco: “Most Slovenského národného povstania“). Esta ponte integra um observatório em formato de disco voador, que fica sobre a entrada da cidade, ao lado do Rio Danúbio. É um monumento imponente e lá de cima tem-se uma vista fantástica de toda a região. Interessante um jantar a dois no restaurante do observatório, mas prepare-se para uma conta “choruda”.

Catedral de St. Martin 
Ponte SNP (Ponte UFO)
A Catedral está inserida na zona histórica da cidade, que é maioritariamente pedonal e suficientemente apelativa para a caminhada sem rumo. Existe um percurso assinalado por uma coroa, que abrange grande parte da zona histórica. Este era o percurso realizado por todos os reis após coroação na Catedral de St. Martin.


No centro histórico de Bratislava encontrámos a Hlavné námestie, que significa “Praça Principal” e onde está também localizada a famosa Fonte de Rolando. É uma praça muito bonita e agradável para uma paragem solarenga.
Na esquina da rua Panská com a Laurinská encontrámos a estátua mais famosa de Bratislava, o Čumil, que significa “O observador”. O Čumil espreita por uma tampa de águas pluviais. Existem algumas histórias e explicações associadas ao seu nome, mas duas delas são as mais relatadas pelos guias turísticos. O primeiro rumor diz que ele é um típico trabalhador da era comunista que não se incomoda com o trabalho que deveria estar a fazer. A segunda explicação diz que ele está a observar as mulheres que por lá passam. Os eslovacos deixam ao nosso critério e, assim sendo, eu prefiro a segunda hipótese. 🙂
Ainda neste seguimento, aproveito para realçar que Bratislava é uma cidade onde existem muitas estátuas e todas com um significado.


SCHONE NACI

A paragem para o almoço não podia faltar e dita seja a verdade que não faltam locais para comer, para todos os gostos e carteiras. Tínhamos lido que Bratislava é uma cidade barata, mas a verdade é que não sentimos isso, ou por outras palavras, não tivemos grande tempo para o constatar e o nosso almoço acabou por ficar acima do que esperávamos. Acabámos por almoçar no restaurante Carnevalle. A Eslováquia é tipicamente um país de carne. Comemos Hubová Polievka, que é uma sopa à base de cogumelos, “Grain Fed Beef Filet” e “Rib Eye USDA”.



Apesar do valor não ter sido bem aquilo que procurávamos, os pratos eram bastante saborosos. Existem outros locais bem mais em conta e também bastante agradáveis, como por exemplo no Mercado Velho tão típico e tradicional, no Bratislava Flagship onde é possível provar comida tradicional, no Foodstock Bratislava, U Kubistu ou as sopas do Soupa Bistro.
Regressados à rua e eis que surge a Porta de São Miguel. Esta é a imponente porta de entrada da cidade, que atualmente não é mais do que um ponto de passagem mas que faz parte da história eslovaca.

Saindo um bocadinho do centro histórico, deparámo-nos com o “Jardim Médico”, localizado nas traseiras de um palácio barroco do século XIX. Este é um parque público bastante agradável e tranquilo, onde aproveitámos para descansar um bocadinho e aproveitar o sol aconchegante que se fazia sentir. Este jardim fica ao lado de outra atração turística bastante estranha, o Cemitério Ondrejský. Este cemitério é histórico e um dos mais antigos cemitérios de Bratislava e sua tranquilidade e “beleza” são verdadeiramente contagiantes.


A ultima paragem antes do regresso foi junto ao Rio Danúbio. Até lá chegarmos, diria que percorremos a zona moderna da cidade. Existe uma escadaria voltada para o rio que, talvez, por ser domingo, estava repleta de pessoas que tal como nós aproveitavam o sol para o convívio com a família e amigos, num ambiente bastante descontraído.
O regresso foi por volta das 19h30, chegando a Budapeste por volta das 21h. Percorremos cerca de vinte quilómetros. Chegámos cansados mas felizes pela experiência vivida.
Veja o video aqui: Bratislava (Eslováquia) 2019 – Magno e Sílvia







